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domingo, 17 de março de 2013

A Revolução Científica e o Iluminismo


Na história da ciência encontram-se muitas teorias que diferem na intensidade com que influenciaram o pensamento humano. Algumas representaram profundas modificações na forma humana de pensar e experimentar a natureza. Chamamos de Revolução Científica o período que se inicia a partir do século XVII, quando alguns pensadores, como Galileu Galilei, divulgaram suas descobertas cientificas e, com seus estudos, contribuíram para separar a ciência da filosofia e dar à primeira um tratamento empírico. 


Já no campo político, na Europa do século XVIII, predominavam as monarquias absolutistas e apenas a Inglaterra era regida por uma monarquia constitucional. Apesar da grande difusão das idéias iluministas, inclusive nos projetos políticos de alguns governos (despotismo esclarecido), esse século foi marcado por grandes contrastes sociais que culminariam, na França, com a Revolução de 1789. 

A ciência moderna 
O método científico – Desde o século XVI, novas descobertas vinham modificando significativamente o campo da ciência. Algumas teorias, até então aceitas (como a teoria geocêntrica), começaram a ser questionadas e abandonadas. O século XVII foi marcado pelo aparecimento do método científico moderno, com o qual condenava-se a tradição e todas as formas de conhecimento não racionais. O filosofo francês René Descartes foi um dos precursores desse novo movimento científico, que considera a razão a única via segura para a construção do conhecimento do mundo. 

O avanço científico - Estudos produzidos entre os séculos XVI e XVII ajudaram a institucionalizar essa nova forma de conhecimento. Durante esse período foram realizados importantes avanços científicos em vários campos. Os trabalhos de Copérnico, Galileu e Kepler revolucionaram a astronomia; os de Descartes a matemática e os de Newton, a física. O aparecimento de instrumentos técnicos como o telescópio e o microscópio contribuíram para novas descobertas e o desenvolvimento das ciências. Graças a esse movimento, foram lançadas as bases do método científico moderno. A partir dos estudos de Descartes, o empirismo (doutrina segundo a qual todo conhecimento provém unicamente da experimentação), e a sistematização passaram a ser considerados os pilares da ciência moderna. 

A Ilustração 
O Iluminismo ou Ilustração - Foi um movimento que reuniu um grupo de pensadores do século XVIII, que começaram a se mobilizar em torno da defesa de idéias que pautavam a renovação de práticas e instituições vigentes na Europa. Refletindo sobre questões filosóficas que pensavam a condição humana, o movimento iluminista defendeu a liberdade do indivíduo, o racionalismo, o progresso do homem, o fim do Antigo Regime e o anticlericalismo. Desse modo, os pensadores ilustrados denunciaram a injustiça social, a doutrinação religiosa, o estado absolutista e todos os artifícios e vícios de uma sociedade corrompida que não reconhecia o "direito natural" do homem à felicidade. Destacam-se ainda como valores morais do Iluminismo a tolerância, o humanismo, a ênfase no livre-arbítrio do homem e a valorização da natureza. 

Quadro geral - O Iluminismo foi um movimento político, cultural e filosófico fortemente marcado pela postura crítica e o racionalismo, que defendia a razão único caminho para trazer "luz" e conhecimento à sociedade moderna. Alguns de seus idealizadores, como Rousseau, pleiteavam a propagação do conhecimento e da educação a todas as camadas sociais como o meio ideal para construir uma sociedade melhor. 

Nessa empreitada, o desenvolvimento da ciência deveria garantir o desvelamento dos mistérios do mundo. O Iluminismo é considerado também uma visão burguesa da realidade, uma vez que, dentre suas obras destacam-se muitos escritos sobre política e discussões sobre a existência de uma forma ideal de governo. Dentre suas principais reivindicações, encontra-se o fim do absolutismo na França assim como tinha ocorrido na Inglaterra. Essa corrente de pensadores ficou conhecida como iluministas e o século XVIII, como o "Século das Luzes". 
  • Locke (1632-1704) e a Revolução Gloriosa - John Locke, que pode ser considerado um precursor da Ilustração no século XVII, foi um pensador inglês que escreveu seu principal livro (Tratado do Governo Civil) logo após a Revolução Gloriosa na Inglaterra de 1688, legitimando-a. Segundo Locke, todo povo tinha o direito de escolher seu governante, sendo consequentemente a revolução legítima em casos de mau governo, e as principais funções do Estado deveriam ser a defesa da propriedade privada e das liberdades individuais. Foi esse liberalismo político que mais influenciou os iluministas franceses. 
  • Voltaire (1694-1778) - Escreveu as Cartas Inglesas, obra que não pode ser chamada de um estudo teórico, mas um panfleto contra o absolutismo francês. Em seus escritos apresentam-se sua postura profundamente anticlerical, antiabsolutista e sua admiração pela monarquia liberal inglesa. 
  • Montesquieu (1689-1755) - Para esse filósofo, cada povo tem o governo que lhe cabe, escreveu isso em sua obra O Espírito das Leis. Dizia que o absolutismo na França não condizia com o anseio do povo francês, que queria um regime constitucional. Sua grande contribuição encontra na defesa da divisão de poderes como recurso para evitar o autoritarismo. Defendia, baseando-se em Locke, o Estado em três esferas: Executivo, Legislativo e Judiciário, de modo que cada poder limitaria o outro para que assim não houvesse tirania de um desses poderes. 
  • Rousseau (1712-1778) - Diferente dos outros filósofos, não há consenso de que se trata de um pensador iluminista, muitos o situam na corrente do Romantismo. Diferente dos outros pensadores da Ilustração, defendia a democracia total com sufrágio universal. Dizia que a propriedade era a origem de toda a desigualdade e sofrimento dos homens. Em seu livro O Contrato Social, Voltaire afirma que é dever dos governantes estabelecer um contrato com seus súditos que garanta a justiça e o bom governo. Para ele, foi a propriedade que acabou com o estado de natureza humana no qual reinaria a paz e a solidariedade. Afirmava que as artes e as ciências tinham contribuído para o progresso da humanidade, mas também a tinham corrompido. Foi defensor da natureza virgem e admirador do homem selvagem. 
  • O Enciclopedismo - Entre 1751 e 1780, foi publicada na França a Enciclopédia das Ciências, das Artes e dos Ofícios. O objetivo era reunir e difundir todo o saber humano, baseando-se em princípios racionalistas. Um filósofo, Denis Diderot, e um matemático, Jean D'Alembert, dirigiram a edição. Colaboraram filósofos como Voltaire, Montesquieu e Rousseau. A atitude crítica do conteúdo da obra gerou o Enciclopedismo (conjunto de idéias racionais, críticas e progressistas que derivaram da “Enciclopédia”). 
  • Fisiocratas - São teóricos da economia que questionam o mercantilismo, defendendo a não interferência do Estado na economia (laissez-faire, laissez-passer). Para esses pensadores, sobretudo franceses, só gerava valor aquilo que era produzido na agropecuária. Defenderam que a economia deveria ser regida por leis naturais. 
  • Adam Smith e os liberais - Adam Smith foi um pensador iluminista e é também considerado o "pai" fundador do liberalismo econômico. Assim como os fisiocratas, Smith era crítico do mercantilismo e favorável à não-intervenção estatal na economia nacional. Para Smith, toda riqueza provinha do trabalho e não dos metais preciosos ou da agricultura. Defendia a auto-regulação da economia pela lei da oferta e da demanda. 
  • La Fontaine (1621-1695) - Publicou uma compilação de fábulas em 1668, com o título de Fábulas Escolhidas Feitas em Verso. Protagonizadas por animais, as fábulas de La Fontaine denunciam o egoísmo, a hipocrisia e a malícia do ser humano. 
Disponível em Vetor Pré-vestibular

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